Encanto

terça-feira, 21 de julho de 2009

E o garoto que queria conhecer o mundo, foi
Sem querer saber quem merece o quinhão
Apenas sabia da sua história e agora era a hora
Mochila nas costas e um saco de dormir
Armo a barraca e saio por aí
Conheço gente de tudo quanto é canto
E finalmente descubro o meu encanto
Chego a lembrar do que deixei pra trás
Mas agora a vida está boa demais
Pego a mochila e saio por aí
Pra onde vou mesmo?
Ah, não sei, vamos descobrir

Pressa

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Ter pressa na vida ou ter pressa para viver?
A razão sempre nos faz perguntas, cabe a nós responde-las ou não. A vida não tem uma matemática exata, não se pode dizer que todos têm a mesma concepção de vida, não posso dizer que a minha vida é melhor que a sua ou vice-versa, apesar de fazê-lo. Não posso dizer que alguém não é bem sucedido, mas posso dizer que alguém não alcançou a sua meta e por isso dizer que assim, nesse conceito, dizer que ela não é bem sucedida ou posso simplesmente ignorar o fato de alguém ser bem sucedido. Posso começar a dizer que alguém foi feliz com as escolhas que fez e obteve a proeza de alcançar suas metas, independente do caminho que ela tomou e ignorar o fato sobre o que foi necessário para alcançá-lo. Olhando assim até parece que é tudo uma corrida, uma corrida onde todos querem alcançar suas metas, uma corrida em que todos querem chegar primeiro, ultrapassar a todos, ver todos ficarem para trás. Temos prazer em chegar primeiro ou apenas em ver os outros ficando para trás?
Todos têm um ego. Quando o alimentamos, ele vai crescendo, crescendo até que uma hora vai se entupir e não saberá mais o que o satisfaz, e quando o fazemos fica um gosto de quero mais. (?) Se ter certo e errado é determinação sua, de sua moral, perante as leis que seguimos, podemos começar a pensar em certo e errado com outros olhos, tudo pelo ego, para satisfazê-lo e assim criar um ciclo vicioso onde você estabelece metas para serem atingidas e quando as atinge, estabelece outras, ficando assim dessa maneira preso, vivendo para alimentar seu ego, para chegar primeiro. Estabelecendo uma grande meta, onde você quando chegue se sinta completo, se sinta realizado, possamos nos deparar com a realização e sorrir. Possamos parar de querer pequenas realizações que nos fazem querer mais, correr mais. Possamos parar de tentar ser sempre o primeiro e aprendermos que ás vezes o segundo pode ser mais recompensador, que podemos aprender mais sendo o último. Mas é melhor aprender da vida ou vencer e deixar nosso ego “em paz”? Essa ação pode levar a acreditar, mesmo que momentaneamente a um sentimento de vitória. Esse ciclo não terá fim e assim continuará, tendo a necessidade e a satisfazendo. Mas isso uma hora perderá o sentido, o ser se tornará cego. Afinal, somos seres pensantes ou agimos na maioria das vezes instintivamente, provocando um desmoronamento de tudo o que acreditamos?
Tenho a certeza que somos seres. Mas dizer o que é certo e errado, isso depende de cada um. Posso dizer que o homem que têm pequenas metas e as atinge, acaba se tornando cego na vitória. O homem que tem uma grande meta e a busca pode chegar a conquistá-la e ser realizado, sorrir, mas também pode não conseguir alcançá-la e não se sentir realizado. É tudo uma questão de como você se sente e como você estabelece as suas metas, no final só você vai poder dizer aonde chegou e se conquistou o que queria e se não conquistou, o que conseguiu com a corrida que teve, no final é você e você, mas e aí, ter pressa na vida ou ter pressa para viver?