quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Musicando a fauna
Fauneando a música

Abraça o samba que sai da janela
Vem pra calçada sambar
Sente o sol na cabeça
Que ele te leva
Onde você quer chegar

Teme não que agora é assim
Tum tum pá pá
É o reino, reinou
Trouxe a alegria!

Abraça o samba que sai da janela
Desliga a mazela
Se liga na donzela
Ela samba, ela samba
E sorri com tuas coxas no calçadão

Constante Serventia II

Mudo cegamente constantemente
Surdo eu finjo que escuto tudo
Sem sentir o gosto digo que gosto assim mesmo

Mudanças equivocadas que colocam na tua boca
Equívoco que colocas-te em minha boca
Maltrapilho se tornou o que era antes

Fez a volta na roda
E continuou sem rodar
Continuou a brincadeira

Fez sonho de criança
Realizou as mentiras que nem dele eram
E mentiu sem saber o porque

Finalmente acordou do sonho
Saiu da roda e começou a rodar
Limpou a poeira e jogou a água no ar

Faz de tuas palavras marcação
Que não mentem nem desmentem
Nem tampouco podem dizer o que quer ou o que não

Ouviu
Falou
Sentiu

Chega de contenções
Chega de ilusões
Quero é o sol brilhando na minha face
Quero é a chuva molhando e lavando o corpo
Quero é sentir o vento balançar os cabelos
Quero é amar
Porque querer amar
É querer viver

Sorteado

tudo é inefável
tudo pode se tornar efêmero
coisa essas parecem até conjurado
que habitam lugar inóspito
nos trazendo verdadeiros sortilégios
de grandes desejos subterrâneos
fazendo da grande complacência
algo completamente insípido

Passa o tempo com a hora
Hora com minutos passa
Passa com segundos e para
Nem parece que virou