Passado Presente

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Lembra daquele beija-flor que tava sempre aqui na porta?
E que há tempos não aparecia mais?
Ele voava sumido por aí
Falaram que tava em outras flores
Mas hoje eu vi
Ele voltou
Tava aqui, planando pra frente e pra trás
Saciando-se na água doce
Voltou a voar com tuas asas
Que não param
Voando mesmo, feliz
Voltou a voar plenamente
Beija-flor bonito, amor
E lembrei-me de ti
Quando me dizia do futuro
Falava bonita
Mas agora tu já voaste
E eu parei aqui e vi
O voo do beija-flor
E vi que voava também
Voava além de quebra-mar
Mas não me perdia
Novo
Novo coração
Voando
Não perdido
Compromisso
Era isso, amor
Era isso
Que bom
Tu tens a virtude
Mostraste-me
E agora avoa
Amor, voa!
Voa que eu voo também
E voamos, sempre!
Sempre voando
Vai voando
Planando
Que o beija-flor
Continua a beber da doce água

Poeminha de Ode ao Mercado

domingo, 22 de agosto de 2010

Peguei o amor e juntei com a solidão
Daí o amor não gostou
Disse que com a solidão não ficava
Mas aí a solidão jogou aquele charme bucólico
Pegou o amor de jeito
Mas que bonito!
Então nasceu o belo amor solitário

Feliz Natal

domingo, 8 de agosto de 2010

Na maternidade doeu o coração
O filho perdido, sem irmão
O cheiro do cigarro
Me lembra o desespero paterno
Era um lindo garoto
Que naquele berço ficou
E de lá ninquém mais viu
Foi-se embora

Lágrimas de uma senhora
Me fizeram chorar
Eu muito novo, fui embora

Só ví o sol raiar melancólico
Uma cara pálida
O sorriso sólido
Que me passava segurança
Aquela criança
Agora descansava
E agora sempre se alegrava

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Perdi meu isqueiro
Agora não acendo o cigarro
Mas disso não preciso mais
Já tenho teu afágo

Cama e Afetos

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Menina bonita dos olhos fartos
Seios à mostra
Me geme ao ouvido
Faz ruídos
Que é pra chamar atenção
Chame-me pra cama
Que eu vou, cheio de paixão
Por debaixo das cobertas há um mundo a ser descoberto
Rasgam-se as colchas, façamos um país de suor
Marca-me o corpo, rasga-me a carne
Esquento teu corpo junto ao meu
Faço dele meu, por um instante apenas um
Suspira-me a dor do prazer
Junte comigo na dança do prazer
Vamos até o amanhecer
E vamos juntos onde quisermos
Pois ninguém pode nos alcançar
Não onde ninguém sabe como chegar
Então venha comigo
Mergulhe nesses lençóis
E vamos ao embarque
Da nave que parte
E não tem direção e nem chegada
Apenas uma grande e suntuosa viagem
Sem tempo nem direção
Vamos nos sentir
Até apenas sentir o som do coração

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Praia, samba, carnaval e futebol!
Exalta, exalta!
Mas se tudo fosse verdade
O ano inteiro dava sol