sexta-feira, 19 de junho de 2009
Joga as palavras dentro da caixola e veja o que sai. Joga sem ter medo de ser feliz, vai, joga aí!
Joga as palavras dentro da caixola e veja o que sai. Joga sem ter medo de ser feliz, vai, joga aí!
Logo como um lago que desaparece
Tal como uma casa que aparece
Logo uma criança que nasce
Tal como o amor que se esquece
Onde tem a certeza da carne
Onde não tem mais a piedade
Onde a flor traz a alegria
Logo se percebe a alergia
Logo que o mundo é eterno
Tal como a guerra de ferro
Logo onde se acha um novo negro
Tal como o mar se foi com medo
Onde hoje é mais um
Onde sempre trará mais um
Onde hoje é como viver
Logo vem à memória como ser
A cada minuto que passa
Vai caindo a casca
Da árvore que plantei
A flor mais bela peguei
No mar as ondas vêm e vão
Como no doce bater do coração
Assim as flores no meu jardim
Vão seguindo o caminho do fim
Passa o tempo
Sinto o vento
E continuo vivendo
Sempre a todo o momento
Ideias racionais
Não parecem muito mais reais
Vou vivendo com a dor
Pra ver se um dia encontro a flor
Legião Urbana - Mil Pedaços (Renato Russo)
Eu não me perdi e mesmo assim você me abandonou
Você quis partir e agora estou sozinho
Mas vou me acostumar com o silêncio em casa com um prato só na mesa
Eu não me perdi o Sândalo perfuma o machado que o feriu
Adeus, adeus, adeus meu grande amor
E tanto faz de tudo o que ficou guardo um retrato teu
E a saudade mais bonita
Eu não me perdi e mesmo assim ninguém me perdoou
Pobre coração - quando o teu estava comigo era tão bom
Não sei por quê acontece assim e é sem querer
O que não era pra ser: Vou fugir dessa dor
Meu amor, se quiseres voltar - volta não
Porque me quebraste em mil pedaços
Indagações dos corações alheios
Fazem-me querer ser um nobre cavalheiro
A matemática no quadro com triângulo, retângulo, quadrado
Mas o que não entendo? Deixa de lado!
Com a discrepância do ser
Conformo-me apenas em ser
Viajando no tempo, a viagem da hora
Faz-me viver apenas o agora
Mas joguei tudo pro alto
Fiz da vida um asfalto
Andei, andei e em algum lugar parei
Senti a brisa no meu rosto
Vou vivendo essa vida errônea
Quem sabe amanhã eu vá pra Letônia?
Mas vou vivendo como me dá na telha
E me alimentando do doce mel da abelha
19/05/09