Outono

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Saber quando ir embora e quando voltar
Como um pássaro que se banha na chuva
Noites passam com a luz do luar
Esmagando os vermes que vão me consumindo
Em dias em que passo sempre fingindo
A felicidade que me consome como solidão

Pegue a carta que deixei embaixo do assoalho
Não pense que tens o único sentimento
De dor e lamento

O sol que nasce, bate na minha janela
E faz o tempo passar como uma bala

Chega o outono e as folhas agora todas no chão
Onde o fundo se torna o sentido
E o vácuo denovo me deixa sem o som
E é quando as lágrimas limpam o sangue derramado
Para denovo verem o estrago

Todos neurônios mostram como são
Cada um com tal e um só vilão
Mas sempre como sendo, sempre como sendo
E não uma única vez como ser
Fazendo o coração parar, apenas para deixar bater

2 comentários:

Preto disse...

Vazio?! em ti?
Palavras de sangue..
ficou massa.
até e alem.

Anônimo disse...

O mais lindo que você já fez.(: Quase sempre triste, não.