Conversa de Amigos (Sobre a Morte)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A morte que virá amanhã
Pode ser na mordida da maçã
Morte que me atinge todos os dias
Como antes com tudo que me abatia
Sendo um anjo ou um demônio
Não sei se estou no caminho errôneo
Seguindo o caminho do sonho
Vejo-me agora com um olhar medonho

Morte o que se passa com você?
Porque não nos deixa viver?
Talvez porque não saibamos
Ou talvez porque roubamos
Mas mesmo assim morte
Saiba que temos sorte
Sorte de poder viver livre e tranquilo
E de poder escutar o cantar do grilo

Ó morte que és fascinante
Não necessitas vir tão berrante
Venha com o negro vestido
Ou apenas com o branco amigo
Porque melhor pelas mãos do amigo morrer
Do que pelas mãos do inimigo sofrer
Venha conversar de vez em quando
Para que eu saiba como será o encanto

Venha-me ó morte, quando não tiver sorte
Porque assim posso escapar de ti ó morte
Mas não temo tua foice em meu peito
Apenas que não estejas comigo em meu leito
Que não me traga lugares equidistantes
Apenas apareça como um simples quitante
E me venha com aquele olhar tranquilo
Pra que eu possa ir com as mãos de um amigo

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